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A difícil tarefa de impor limites a uma criança



Uma das dúvidas mais frequentes que ouço de pais e profissionais da educação é sobre como colocar limites em crianças sem traumatizá-las. Uma tarefa complexa. mas fundamental se queremos criar adultos maduros e responsáveis.


Eu entendo que para colocarmos limites precisamos definir as regras, ou seja: o que, como e quando queremos. O que a criança deve fazer, como fazer e quando esperamos que ela faça algo. Como exemplo a regra é arrumar a mochila da escola colocando dentro dela os materiais necessários para o dia seguinte, todas as noites antes de dormir.


A criança precisa ter clareza em relação ao que esperamos dela, então através de uma conversa séria e, dependendo da faixa etária, contando com o auxílio de material gráfico como um cartaz contendo as regras descritas e/ou desenhadas, podemos trabalhar com a criança a conscientização do que esperamos dela.


Após definirmos a regra, precisamos criar a recompensa quando a criança segue a regra e a consequência por não seguí-la. A recompensa mediada pelo adulto aumenta a probabilidade da criança seguir a mesma regra no futuro, e a consequência diminui. Na prática a criança seguir a regra, o combinado de arrumar a mochila da escola colocando dentro dela os materiais necessários para o dia seguinte faz com que a mãe/pai dê a criança uma das cinco partes de um ingresso para o circo famoso que estará na cidade no final de semana, por exemplo.


Caso a criança não siga a regra ela não consegue ganhar o ingresso. Quando isso acontece o adulto se posiciona no mesmo nível da criança, retoma o combinado estabelecido e a recompensa/consequência para explicar a criança o que aconteceu. Reitera a regra, proporcionando ou a recompensa ou a consequência, de acordo com o que a criança fez.


No presente artigo foi utilizado um exemplo de regra/combinado/limite como elemento de reflexão para que o adulto possa entender como colocar limites sem traumatizar uma criança, buscando sempre equilíbrio, diálogo de igual para igual e clareza em relação ao que se espera. Quando agimos desta forma criamos um ambiente seguro, estável e acolhedor para que a criança se desenvolva, aprendendo a seguir regras e a poder dialogar sobre as mesmas. Assim a criança de hoje se tornará o adulto responsável, maduro e saudável de amanhã.


Victor Nicolino Faria

Psicólogo - CRP 06/98407

@victornicolino

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