Com a proximidade do Dia dos Pais/da Família pode-se questionar o que uma pessoa precisa ser ou fazer para ocupar o papel de pai. Será que basta ser o pai biológico? Ou será que basta ser o provedor financeiro para a criança?
Eu costumo dizer que existem os pais biológicos e os pais simbólicos, uma vez que há diferenças significativas entre as duas formas de ser pai. Como o próprio nome diz o pai biológico é aquele que contribui geneticamente, com material genético para a fecundação de um óvulo e consequente formação de um embrião e criança. Já o pai simbólico vai muito além de material genético ou mesmo suporte financeiro.
O pais simbólico é aquele que está lá pela criança, independente se é do ponto de vista financeiro (custeando o dia a dia), físico (auxílio no cuidado diário e para qualquer situação que exija a presença de um adulto) e emocional (porto seguro, acolhimento e desenvolvimento de habilidades biopsicossociais). O pai simbólico prepara a criança para o mundo, incentivando seu desenvolvimento para os desafios que a vida impõe.
O acolhimento está presente, sem dúvida, mas o objetivo de desafiar a criança em pequenas situações do dia a dia para mim é o diferencial em relação à figura materna. A mãe simbólica tem como característica principal o acolhimento, enquanto o pai simbólico tem na preparação para a vida adulta sua principal tarefa. Os dois papéis se misturam, e vão além da questão de gênero.
Uma criança precisa das duas figuras simbólicas para poder se desenvolver saudavelmente. Então cabe a nós, adultos, proporcionar esta experiência para a criança.
Pense nisso!!!
Victor Nicolino Faria
Psicólogo - CRP 06/98407
@victornicolino
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